Eric Max lança a canção “Rio Negro” e apresenta o gênero Ixé Pop Indie Amazônia

O cantor e compositor Eric Max lança oficialmente a canção “Rio Negro” no dia 27 de setembro de 2025, às 9h, em todas as plataformas digitais. A obra inaugura o gênero musical Ixé Pop Indie Amazônia — também chamado de Ixé Pop Amazônico — definido pelo próprio artista como uma fusão de indie, pop alternativo e narrativas da Amazônia.

Eric Max em filmagens do videoclipe “Rio Negro” em Novo Airão, Amazonas

No Vídeo publicado no instagram, Eric define o Ixé Pop Indie Amazônia como um gênero: “moderno, mas ancestral, pop, mas encantado”.

A canção chega acompanhada de um videoclipe gravado em 14 de setembro de 2025, em Novo Airão, Amazonas, com a participação de povos indígenas de diversas etnias, reforçando a dimensão cultural, espiritual e coletiva da proposta de Eric Max.

Na foto alguns Artistas participantes do Videoclipe Rio Negro: Eric Max, Janete Matos, Jôce Mendes, Gabriel Souza, Jeh Almeida, Marilson Santana, Paulo Eduardo, Regiane Pereira, Otiniel Moris, Verônica Pacheco, Francivalda Barreto, Linda Inez, Elias Baltazar, Maressa Amazonas, Mayara Cristina, entre outros.

Ixé Pop Indie Amazônia: um gênero criado por Eric Max

Mais do que um estilo, o Ixé Pop Indie Amazônia é a narrativa identitária de Eric Max. O nome, que traz a palavra “Ixé” (do nheengatu, significando “eu”), simboliza a relação íntima entre o indivíduo, a coletividade e a floresta.

Eric Max em filmagens do Videoclipe Rio Negro, no Arquipélago das Anavilhanas, Novo Airão, Amazonas

O movimento propõe uma música que mescla:

  • Power Ballads Amazônicas, um conceito “Balada Espiritual”, onde a música tem uma pegada dançante ao mesmo tempo que transmite uma poderosa mensagem de cura
  • une Pop indie contemporâneo a sonoridades amazônicas;
  • retoma elementos da ancestralidade indígena com batidas contemporâneas e envolventes que inclusive podem ser tocadas em festas;
  • composições que transmitem mensagens de resistência cultural e preservação ambiental.

Para Eric Max, o Ixé Pop é a forma de traduzir a Amazônia em música e levar suas histórias para o mundo.


A canção “Rio Negro – Xibé Ri Tapywara”

Inspirada nas águas do Rio Negro e na força espiritual da floresta, a canção traz uma atmosfera que mistura modernidade e ancestralidade.

O subtítulo — “Xibé Ri Tapywara” — remete a elementos culturais da região e carrega significados relacionados à espiritualidade e ao vínculo com os povos originários.

Tradução da música Rio Negro

UMA ETIMOLOGIA NEOLÓGICA AUTORAL AMAZÔNICA QUE HOMENAGEIA O NHEENGATU

Single de estreia e parte do álbum Ixé Poranga Amazônia, de Eric Max

Tradução com referência ao nheengatu e tupi, pesquisa de Eric Max para o álbum Ixé Poranga Amazônia (Eu Amazônia sou a beleza da Terra)

A tradução envolve uma pesquisa do nheengatu e também do tupi onde Eric criou uma etimologia autoral em Nheengatu, e isso é muito poderoso, porque segue a lógica viva da língua e ainda abre espaço poético.

Xibé Ri Tapywara, Ixé Maîrio, Rio Negro (Sou do Rio, eu nasci no Rio Negro) na terra onde a bebida-comida Xibé na verdade está na letra para trazer uma ideia de “origem”, tipo assim: eu nasci e cresci no Rio Negro, na terra do povo que come Xibé.
Tapywara = A união poética de 2 palavras para criar uma nova.
Tapy= vem de *Tapiri* (casa)
Wara= significa habitante de, natural de
Quebra da palavra
Tapy ← de Tapiri (casa, cabana).
Ri ← recortado de Tapiri (tapi ri), que reforça a ideia de “da casa”.
Wara = sufixo tupi/nheengatu super produtivo que significa “habitante de / natural de” (ex.: Manawara = de Manaus).
Sentido de “Tapywara”:
Fica algo como “Habitante da casa / Natural da cabana indígena.
Ou até mais poético: “Filho da casa originária”, “O que vem da morada”, “O ser do abrigo do Rio Negro”.
Força poética:
Isso abre caminho pra dar ao termo um estatuto mítico:
Tapywara não é só “quem mora numa casa”, mas pode ser o espírito da morada, o guardião do lar ribeirinho, o encantado que nasce da cabana na beira do rio.
• Na obra de Eric, vira um neologismo amazônico em Nheengatu, legitimado pelo processo de criação (afinal, os povos indígenas sempre criaram novas palavras juntando radicais).
Ixé maîrio = Eu sou a mãe do espírito do rio / Eu sou do Rio Negro. Onde nasci, cresci e onde vivo. Eu sou o espírito do Rio, Do
Povo do Rio. O povo Baré no
Amazonas é o Povo do Rio Negro!
Ixé: Eu em nheengatu
Maîrio: uma palavra nova pro nhegatu que significa – Mãe do Rio Negro

CONCLUSÃO DO SIGNIFICADO:

Xibé Ri Tapywara — filho da casa originária do Rio Negro — Ixé Maîrio, mãe do Rio: eu sou o espírito ribeirinho, a voz ancestral do povo Baré, que resiste e cria um futuro de beleza e força amazônica.

Em uma carta apresentada para os artistas participantes do Videoclipe Rio Negro, Eric Max, apresentou uma nota pessoal:

E eu, Eric Max, recebi essa inspiração divina de estudar esta língua e também recebi a permissão espiritual de criativamente homenageá-la com outras palavras novas para que este manifesto mostre ao mundo que nós continuamos criando e inventando novas fonologias para que a nossa comunicação ancestral também seja um manifesto de vida para o futuro. A arte nos dá a liberdade criativa, e criando alinhado com o respeito a nossa origem ancestral, podemos fazer uma revolução cultural e inspirar mais parentes em sua retomada”. Novo Airão, AM 10/09/2025

Nesse vídeo, Eric Max fala sobre a inspiração que o levou a compor a canção:


Videoclipe com participação indígena

O videoclipe de “Rio Negro” dirigido e escrito por Eric Max, foi gravado no dia 14 de setembro de 2025, em Novo Airão no Arquipélado de Anavilhanas, Amazonas, e contou com a presença de povos indígenas de diferentes etnias, principalmente do Povo Baré, etnia na qual Eric pertence.

Umas das cenas mais marcantes do clipe : uma festa dançante num barco onde uma gigante borboleta azul é cenário. Na foto: Eric Max, Gabriel Souza, Jeh Almeida, Marilson Santana e Paulo Eduardo

Com direção que valoriza a estética natural e a presença dos guardiões da floresta, o clipe reforça a mensagem de que a música de Eric Max é um ato de arte, identidade e preservação cultural.


Eric Max: artista da Amazônia para o mundo

Natural de Novo Airão, Amazonas, Eric Max é um cantor e compositor independente que constrói sua carreira a partir das margens do Rio Negro. Sua obra nasce da vivência ribeirinha e da conexão com a floresta, transformando experiências locais em uma proposta musical universal.

Eric Max como tritão e Janete Matos como Cacique curandeira, umas das mais importantes cenas do Videoclipe Rio Negro

Com o lançamento de “Rio Negro”, Eric Max se consolida como um dos nomes mais originais da cena independente, inaugurando o Ixé Pop Indie Amazônico como uma nova estética musical brasileira.


Informações de lançamento

  • Canção: Rio Negro
  • Artista: Eric Max
  • Gênero: Pop/ Ixé Pop Indie Amazônia (Ixé Pop Amazonico / Pop Indie Amazônia/ Power Ballad, Ethnic)
  • Data de lançamento: 27/09/2025 às 09h
  • Plataformas digitais: Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube e demais serviços de streaming
  • Videoclipe: gravado em 14/09/2025 em Novo Airão, Amazonas, com participação de artistas e povos indígenas de diversas etnias, lançado também no dia 27/09/2025 no Canal do Youtube Oficial de Eric Max

O lançamento de “Rio Negro – Xibé Ri Tapywara” marca um ponto de virada na carreira de Eric Max e inaugura oficialmente o Ixé Pop Indie Amazônia, um gênero que conecta música independente, ancestralidade e Amazônia.

Este trabalho é um manifesto cultural, unindo arte, identidade e preservação ambiental, e promete inserir Eric Max no radar da crítica e do público nacional e internacional.

👉 Para acompanhar novidades sobre Eric Max, siga o artista no Instagram e se inscreva em seu canal do Youtube.